A hora e a vez dos Apps - II

Desenvolvimento de um Aplicativo

No desenvolvimento de um aplicativo para smartphone há muitas complexidades. Depende da experiência do seu criador como estruturar e configurar o software; à quantidade de dispositivos distintos em que se vai operar; às especificações do hardware; e às plataformas que serão disponibilizadas.

As aplicações podem ser pré-instaladas com os dispositivos móveis e transferidas pelos utilitários, descarregando (download) de plataformas de distribuição de software – empresas e redes de comunicação ou ainda transferindo-as diretamente da web para o celular. Ainda é necessário submeter as atualizações e avaliar a necessidade de possíveis modificações dentro de cada plataforma.

São várias as fases para se produzir um aplicativo para smartphones. O criador precisa definir o propósito do app que irá desenvolver. Qual fonte de rendimento principal; qual plataforma de distribuição vai disponibilizar; e quais os dispositivos móveis que poderão operá-la. Também precisa definir se o aplicativo será gratuito, pago ou ambos, e como melhor rentabilizá-lo.

Em 2013 a União Europeia divulgou pesquisa contando mais de 300 mil criadores de aplicativos móveis.

Aplicativo pago

A Revista Exame, de abril/18, publicou matéria sobre o Vigo Vídeo. É um aplicativo de vídeos curtos que ganhou a atenção da maioria dos usuários e hoje já desponta como o principal aplicativo, superando WhatsApp, Facebook e todos os demais aplicativos da Google Play Store – loja virtual do Android.

O público principal é o jovem. Possui recursos de edição de som e imagem para que todo o processo de criação do vídeo seja feito nele mesmo. As mensagens são escritas à mão, possui truques de mágica e até um passarinho fugindo de sua gaiola ao som do filme “Missão Impossível”.

Os principais influenciadores do You Tube já trabalham com vídeos no Vigo. A audiência e os compartilhamentos ajudam a conquistar os flames – moeda convertida em dinheiro de verdade. Até a plataforma de vídeos foi invadida por aventureiros que publicam conteúdos enganosos como sorteio de iPhones. Os vídeos podem ser compartilhados via WhatsApp, Facebook, Instagram ou Messenger.

Cada flame no app vale US$ 0,015. O caminho para alcançar volume e ganhar dinheiro com o aplicativo é publicar vários vídeos, ter vários usuários baixando o aplicativo e criar interações com outros usuários. Para sacar é necessário chegar a um dólar e o valor máximo por dia é 200 dólares. Os valores são transferidos para uma conta bancária via PayPal. O depósito pode levar duas semanas após a solicitação de pagamento, de acordo com informações do próprio aplicativo.

Os vídeos devem durar 15 segundos, igual ao Instagram Stories e Snapchat. No Instagram são publicados mais de 30 mil vídeos com a hashtag #vigovideo.

Esse aplicativo era utilizado por youtubers brasileiros a algum tempo. Recentemente ganhou força com o público em geral, e é o líder de aplicativos grátis da Google Play Store.

A empresa que criou o Vigo Vídeo é do grupo Beijing Bytedance Technology. Outros produtos dessa companhia: Musical.Iy, Tik Tok e TopBuzz – já de circulação mundial.

A Bytedance é uma empresa de tecnologia e tem a mídia como seu maior negócio. Na China um de seus principais produtos é um aplicativo de inteligência virtual que recomenda notícias de interesse do usuário. A empresa está em fase de expansão. A companhia adquiriu a americana Flipagram, cujo principal produto é um app de edição de imagem; e a francesa News Republic, com seu aplicativo de notícias. O Brasil entra na mira do grupo chinês tendo em vista o alto sucesso do Vigo Vídeo.

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